O Núcleo de Estudos, Extensão e Pesquisa em Equideocultura da Universidade Federal de Goiás explica que equoterapia é um método terapêutico alternativo que utiliza o cavalo em uma abordagem interdisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência. É uma alternativa de tratamento não medicamentoso, que busca auxiliar no desenvolvimento de crianças, e até mesmo adultos, em diversas formas.
Os trabalhos de equoterapia, em sua grande maioria, utilizam o passo do cavalo como andamento básico, pois o caminhar movimenta o corpo humano de forma tridimensional, ou seja, (para cima e para baixo, de um lado para o outro e para frente e para trás). Com isso, a musculatura, equilíbrio são bastante trabalhadas. Essa técnica pode ter outras finalidades, dependendo da escolha dos terapeutas e sua equipe.
Dentre alguns benefícios da equoterapia, pode-se destacar os principais: melhora o equilíbrio e postura; auxilia no desenvolvimento da coordenação de movimentos entre tronco, membros e visão; estimula a sensibilidade tátil, visual, auditiva e olfativa; oferece sensações de ritmo; desenvolve a modulação do tônus e a força muscular; desenvolve a coordenação motora fina; promove a organização e a consciência corporal; aumenta a autoestima; ajuda a superar fobias; estimula a afetividade pelo contato com o animal, entre outras.
Para que a terapia funcione de maneira correta, a escolha do cavalo adequado é de extrema importância. É necessário se atentar a alguma particularidades, como a questão comportamental, o animal precisa ser dócil, manso e muito bem treinado, também é importante que o cavalo não ultrapasse uma altura de 1,50 m. Em caso de um cavalo macho, o animal deve ser castrado. O animal também não pode ter um escore corporal elevado, pois dificulta a agilidade, prejudicando a montaria do paciente. Outra característica do animal, é que tem ser um cavalo com uma idade mais elevada, recomendando um animal com mais de 10 anos, que já tenha sido treinado para ser montado por ambos os lados. O tipo de terreno e andamento do cavalo também influenciam na terapia.
A equipe, precisa ser multidisciplinar, englobando profissionais de várias áreas como médicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos para o paciente, e médico veterinário e zootecnistas par ao animal.